Uma serra para descobrir com calma, com serenidade, espera por si nos milhares de trilhos e percursos existentes. Conheça aqui quais os percursos existentes e toda a informação sobre fauna, flora e paisagem referente a cada um deles.
Parta à aventura e percorra estes caminhos!
Descoberta e aventura são as premissas principais deste percurso que ocorre em pleno maciço central da Serra da Estrela. Ao longo deste trajeto vai ser confrontado com várias tipologias rochosas, moldadas por vários agentes erosivos, dos quais se destaca a glaciação, Este foi o principal agente erosivo que melhor contribuiu para a morfologia geológica atual da Serra da Estrela e que a distingue de todas as outras montanhas de Portugal, através de testemunhos milenares que não vão deixar ninguém indiferente. Locais como o covão Cimeiro, o Covão Boeiro, as Charcas e as cabeceiras dos vales de Alvôco, Estrela, Loriga e Zêzere, são alguns dos reflexos de como o clima, a altitude e a sua tipologia tornam esta serra num santuário de várias espécies de fauna e flora raras e únicas em Portugal. Estes locais são o berço de uma das atividades mais antigas do Homem e um símbolo da Estrela, onde o som inconfundível dos últimos e genuínos rebanhos da Estrela ecoam, ambicionando pela sua visita…
(1) Com o início do seu passeio na Torre siga pela estância de esqui, preparando os seus sentidos, pois algo o vai surpreender:
(2) Prossiga alguns metros e pare durante uns segundos;
(3) Consegue ouvir os chocalhos dos rebanhos que ecoam do imenso vale glaciar da Candieira? Siga em direção às Chancas, um conjunto de lagoas glaciares que aguardam serenamente o “click” da sua máquina fotográfica;
(4) Aprecie o imenso relvado de cervunais e turfeiras, antigo lago glaciar, agora colmatado;
(5) Vire à sua direita e siga por relvados, pequenos charcos e matos de zimbro e urzais em direção à saliência rochosa do Poio dos Cães . Desse local, num típico ambiente de montanha, regresse até à estrada EN339 e prossiga pelo evidente trilho que desce pelo vale glaciar de Loriga. Antes de chegar ao covão do Meio, vire à esquerda e suba pelo trilho assinalado a caminho da lagoa do Covão das Quelhas. Pare, descanse e usufrua do ar puro;
(6) Tem que continuar em direção ao covão de Alva;
(7) Aqui, estamos no inóspito planalto glaciar, interrompido pelas escarpas que marcam o início dos clivosos vales glaciares de Alvôco e Estrela (8);
(9) O ponto de chegada aproxima-se a passos largos, simbolizando o fim da sua aventura no planalto central da Serra da Estrela.
Atenção, este percurso desenvolve-se no planalto superior da Serra da Estrela, sempre acima dos 1750m:
- No inverno, evite iniciar o percurso durante a parte da tarde;
- Se existir neve e não dominar as técnicas de progressão apropriadas, reconsidere seriamente a realização do passeio;
- Mesmo na ausência de neve, atenção com a presença de gelo, principalmente nas zonas onde o trilho é mais pedregoso;
- Proteja-se dos ventos fortes e gélidos, típicos de uma zona de planalto, bem como da elevada radiação solar.
1) Covão Cimeiro
A imponência deste circo glaciário à sombra do Cântaro Gordo transmite uma tranquilidade sem igual. Cavado pela imensa massa de gelo, possui no seu fundo um covão glaciário. Uma área mal drenada, que se originou por sedimentação e onde se encontram comunidades florísticas de inegável valor natural.
2) Panorâmica sobre o Vale Glaciar da Candieira
Este vale é um dos últimos refúgios da pastorícia tradicional da Serra da Estrela. Com poucos acessos e encrostado no maciço central, ostenta o claro e típico perfil retilíneo dos vales glaciares.
3) Chancas
Descanse e goze o sossego implícito pelas águas serenas destas lagoas de origem glaciar, e cuja génese se deve à existência de fraturas sub-horizontais nas rochas, provocadas pelo movimento da massa de gelo do glaciar que criou depressões, onde as águas que provêm da precipitação e do degelo da Primavera se acumulam. Espécies de anfíbios como a Rã-Verde (Rana Perezi) e a Rã-Ibérica (Rana Ibérica) formam aqui comunidades interessantes.
4) Turfeiras e Cervunais
Uma antiga lagoa de origem glaciar que foi colmatada por comunidades de turfeiras do tipo Sphagnum (Esfagnos) e cervunais de Cervum (Nardus strita). Este habitat, maioritariamente húmido e de natureza orgânica, permite o desenvolvimento de algumas espécies de plantas, que vão desde os tipos de Narcisuse crocus, Campanula herminii, Potentilla erecta, até às mais raras e especializadas como a Orvalhinha (Drosera rotundifolia), uma espécie insectívora.
5) Fraga do Poio dos Cães
Contemple este excelente miradouro natural carregado de simbolismo. Era aqui que os pastores punham termo à vida dos fiéis companheiros de quatro patas, que devido à velhice ou doença, já não protegiam os rebanhos dos famintos lobos. A lagoa do peixão é uma testemunha “viva” dessas ações.
6) Planalto Superior Glaciário
Olhando em redor, é possível ver uma ampla panorâmica sobre o panalto superior glaciário (fjeld). Um planalto liso e nu, marcado por fortes ventos, sendo seco no Verão e gélido no Inverno e com ausência de árvores. Destaca-se o Zimbro-rasteiro (Juniperus communis alpina) com as suas bagas azuladas, algumas urzes do tipo Erica e os prados psicro-xerofiticos. Esta área é o habitat predileto da Lagartixa-de-montanha (Iberolacerta monticola), um dos mais importantes endemismos da serra.
7) Panorâmica sobre o Vale Glaciar de Alvoco
Aproveite este maravilhoso vale glaciar, bem com a aldeia de Alvoco-da-Serra. Observe algumas aves de rapina na sua lide diária e que fazem deste bonito vale a sua casa.
8) Panorâmica sobre o Vale Glaciar da Estrela
Embora seja o vale glaciar mais pequeno e exposto da Serra da Estrela, ele é dos mais íngremes, oferecendo vistas ímpares sobre a parte sul e sudoeste da Estrela.
9) Panorâmica sobre o Vale Glaciar de Alforfa
O facto de estar exposto a sul, torna este vale propício para a proliferação de matos de Piornal (Cytisus oromediterraneus) e de espécies espinhosas de Caldoneiral do tipo Echinospartum ibericum, abundantes na zona de cumeada entre a Torre e o Terroeiro.
O município não se responsabiliza pelo estado de conservação dos percursos.
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Percurso Pedestres Ex-Libris Serra da Estrela.pdfEste pequeno percurso decorre sobre o planalto adjacente às Penhas da Saúde e constitui uma ótima maneira de nos introduzirmos à realidade da Serra da Estrela. O passeio percorre um universo de duas grandes forças modeladoras da paisagem contemporânea da Serra, por um lado os fenómenos naturais (glaciarão, fenómenos periglaciários e restantes elementos, bem como a fauna e flora), como também o fenómeno humano (desde logo a pastorícia, mas também a vida rural e industrial dos vales, ou até as modernas dinâmicas de saúde, lazer e turismo nas Penhas).
Como tal, propomos uma viagem no espaço e no tempo, onde através de uma atenta contemplação, poderá não só descobrir a Serra da Estrela como também a si mesmo. Desfrute do passeio!
Saindo das Penhas da Saúde subimos, em direção ao Lago Viriato, o qual contornamos pela sua margem esquerda, abandonando-a após percorrer cerca de um terço da mesma, seguindo em direção ao Alto da Perrice. Deste ponto até quase ao final, a orientação pelo planalto é fácil, ja que basta ladear as verticais escarpas que bordejam o Vale da Alforfa e o Vale das Cortes. Após atingir a Malhada do Prior alcançaremos um “estradão” que apenas deixaremos um pouco antes de cruzar a ribeira do Vale da areia, para seguir em direção ao ponto de partida.
1 - Cascalvo
Miradouro que oferece aos mais curiosos uma interessante paisagem sobre o importante complexo glaciar constituído pelo Vale de Manteigas, Nave de Santo António, Covão do Ferro e Vale da Alforfa.
2 - Alto da Pedrice
Este alto além de permitir um panorâmica interessante do Vale da Alforfa, Covão do Boi e Torre, permite um particular vislumbre da “cascalheira do alto da pedrice” (fenómeno periglaciar) que constitui um exemplo relevante em Portugal, quer pela sua extensão que por ser em granito.
3 - Cascalheira do Alto da Pedrice
Panorama crioclastia (ou gelificação), fenómeno periglaciar que pode ser grosseiramente descrito, como sendo o resultado dos ciclos de congelamento e descongelamento da água nas fissuras das rochas, resultando na formação de blocos angulosos.
4 - Varanda dos Pastores
Espetacular miradouro sobre a encosta sul da Serra da Estrela, neste local podemos apreciar as alterações das dinâmicas humanas à medida que a altitude baixa e os vales se abrem.
O município não se responsabiliza pelo estado de conservação dos percursos.
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Percurso Pedestre Salgadeiras.pdfRESPEITE A MONTANHA
- Siga sempre pelos trilhos e caminhos existentes;
- Respeite os valores naturais e culturais;
- Mantenha a distância dos animais e não os alimente, observe-os preferencialmente com binóculos;
- Não apanhe plantas nem recolha amostras geológicas, deixe que os outros visitantes também possam contemplar a sua riqueza;
- “Não deixe senão pegadas, não leve senão fotografias”;
- Evite barulhos e atitudes que perturbem o meio que os rodeia;
- Respeite a sinalização existente;
- Respeite a propriedade privada e o modo de vida dos residentes;
- Transporte consigo o seu lixo, até poder colocá-lo num contentor;
- Acampe apenas nos lugares autorizados;
- Informe-se previamente dos locais e épocas em que poderá utilizar fogareiros, evite fumar na floresta e respeite as épocas de risco elevado;
- Comunique às autoridades locais alguma infração que possa ter visto, durante o seu passeio.
PASSEIE EM SEGURANÇA
- Estes passeios são propostas que não se encontram marcadas no terreno. Recomendamos a utilização de GPS;
- Sempre e antes de qualquer passeio informe-se sobre as previsões meteorológicas e prepare-se, tendo em conta a época do ano;
- Os imprevistos podem acontecer, leve sempre água, comida e roupa;
- Em caso de acidente, não entre em pânico, estabilize a situação e peça ajuda (112), informando a localização onde se encontra. Leve consigo meios de comunicação;
- Recorde, este é um território de montanha onde as condições podem mudar abrutamente e o isolamento é uma constante. Redobre os cuidados no planeamento.
LEVE CONSIGO
- GPS e Track do percuso que pertende realizar. Atenção, verifique a capacidade das baterias;
- Folheto informativo do percurso ou outra informação de suporte (descritivo e mapa);
- Telemóvel, máquina fotográfia e binóculos.
O município não se responsabiliza pelo estado de conservação dos percursos.
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PERCURSO PEDESTRE SENDA DOS PASTORES.pdfAo longo de 370 Km, a GRZ- Grande Rota do Zêzere, acompanha o Rio Zêzere desde a nascente, na Serra da Estrela, até à foz, em Constância, onde encontra o Rio Tejo. Projetado para ser multidisciplinar, o percurso pode ser feito a pé, de bicicleta ou de canoa, de forma contínua e encadeada, por troços ou mesmo em circuitos multimodais.
O Rio Zêzere nasce na Serra da Estrela, a cerca de 1900m de altitude, junto ao Cântaro Magro, onde se define o início do maior vale glaciar da Europa (13 km).
Depois de descer a Serra da Estrela em agitado percurso, o Zêzere, já mais sereno, passa por Belmonte e Covilhã. A desaguar no Tejo, em Constância, depois de um percurso de cerca de 248 Km, o rio é alimentado, de ambas as margens pelo mar de montanhas que enquadra as Aldeias do Xisto. Depois do Mondego, é o segundo maior rio exclusivamente português.
Para a realização da GRZ aconselhamos que leve consigo o mapa impresso dos percursos e/ou GPS com o track para utilização de gps.
Prepare-se para descobrir um dos rios mais surpreendentes do nosso país e deslumbre-se com as paisagens.
Parta à aventura!
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Folheto GRZ.pdfPrograma turístico - Apanha da Cereja
Com a chegada da Primavera, começam os cerejais a pintar as nossas serras de um branco imaculado.
Neste programa visita uma fantástica quinta em plena Cova da Beira, Covilhã, onde irá aprender e também pode experimentar a apanha da cereja.
Este programa conta também no período da tarde com uma visita pedonal guiada ao núcleo histórico da cidade fábrica da Covilhã e aos murais do WOOLFEST Covilhã.