Uma serra para descobrir com calma, com serenidade, espera por si nos milhares de trilhos e percursos existentes. Conheça aqui quais os percursos existentes e toda a informação sobre fauna, flora e paisagem referente a cada um deles.
Parta à aventura e percorra estes caminhos!
RESPEITE A MONTANHA
- Siga sempre pelos trilhos e caminhos existentes;
- Respeite os valores naturais e culturais;
- Mantenha a distância dos animais e não os alimente, observe-os preferencialmente com binóculos;
- Não apanhe plantas nem recolha amostras geológicas, deixe que os outros visitantes também possam contemplar a sua riqueza;
- “Não deixe senão pegadas, não leve senão fotografias”;
- Evite barulhos e atitudes que perturbem o meio que os rodeia;
- Respeite a sinalização existente;
- Respeite a propriedade privada e o modo de vida dos residentes;
- Transporte consigo o seu lixo, até poder colocá-lo num contentor;
- Acampe apenas nos lugares autorizados;
- Informe-se previamente dos locais e épocas em que poderá utilizar fogareiros, evite fumar na floresta e respeite as épocas de risco elevado;
- Comunique às autoridades locais alguma infração que possa ter visto, durante o seu passeio.
PASSEIE EM SEGURANÇA
- Estes passeios são propostas que não se encontram marcadas no terreno. Recomendamos a utilização de GPS;
- Sempre e antes de qualquer passeio informe-se sobre as previsões meteorológicas e prepare-se, tendo em conta a época do ano;
- Os imprevistos podem acontecer, leve sempre água, comida e roupa;
- Em caso de acidente, não entre em pânico, estabilize a situação e peça ajuda (112), informando a localização onde se encontra. Leve consigo meios de comunicação;
- Recorde, este é um território de montanha onde as condições podem mudar abrutamente e o isolamento é uma constante. Redobre os cuidados no planeamento.
LEVE CONSIGO
- GPS e Track do percuso que pertende realizar. Atenção, verifique a capacidade das baterias;
- Folheto informativo do percurso ou outra informação de suporte (descritivo e mapa);
- Telemóvel, máquina fotográfia e binóculos.
O município não se responsabiliza pelo estado de conservação dos percursos.
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Percurso Pedestres Ex-Libris Serra da Estrela.pdfDescoberta e aventura são as premissas principais deste percurso que ocorre em pleno maciço central da Serra da Estrela. Ao longo deste trajeto vai ser confrontado com várias tipologias rochosas, moldadas por vários agentes erosivos, dos quais se destaca a glaciação, Este foi o principal agente erosivo que melhor contribuiu para a morfologia geológica atual da Serra da Estrela e que a distingue de todas as outras montanhas de Portugal, através de testemunhos milenares que não vão deixar ninguém indiferente. Locais como o covão Cimeiro, o Covão Boeiro, as Charcas e as cabeceiras dos vales de Alvôco, Estrela, Loriga e Zêzere, são alguns dos reflexos de como o clima, a altitude e a sua tipologia tornam esta serra num santuário de várias espécies de fauna e flora raras e únicas em Portugal. Estes locais são o berço de uma das atividades mais antigas do Homem e um símbolo da Estrela, onde o som inconfundível dos últimos e genuínos rebanhos da Estrela ecoam, ambicionando pela sua visita…
(1) Com o início do seu passeio na Torre siga pela estância de esqui, preparando os seus sentidos, pois algo o vai surpreender:
(2) Prossiga alguns metros e pare durante uns segundos;
(3) Consegue ouvir os chocalhos dos rebanhos que ecoam do imenso vale glaciar da Candieira? Siga em direção às Chancas, um conjunto de lagoas glaciares que aguardam serenamente o “click” da sua máquina fotográfica;
(4) Aprecie o imenso relvado de cervunais e turfeiras, antigo lago glaciar, agora colmatado;
(5) Vire à sua direita e siga por relvados, pequenos charcos e matos de zimbro e urzais em direção à saliência rochosa do Poio dos Cães . Desse local, num típico ambiente de montanha, regresse até à estrada EN339 e prossiga pelo evidente trilho que desce pelo vale glaciar de Loriga. Antes de chegar ao covão do Meio, vire à esquerda e suba pelo trilho assinalado a caminho da lagoa do Covão das Quelhas. Pare, descanse e usufrua do ar puro;
(6) Tem que continuar em direção ao covão de Alva;
(7) Aqui, estamos no inóspito planalto glaciar, interrompido pelas escarpas que marcam o início dos clivosos vales glaciares de Alvôco e Estrela (8);
(9) O ponto de chegada aproxima-se a passos largos, simbolizando o fim da sua aventura no planalto central da Serra da Estrela.
Atenção, este percurso desenvolve-se no planalto superior da Serra da Estrela, sempre acima dos 1750m:
- No inverno, evite iniciar o percurso durante a parte da tarde;
- Se existir neve e não dominar as técnicas de progressão apropriadas, reconsidere seriamente a realização do passeio;
- Mesmo na ausência de neve, atenção com a presença de gelo, principalmente nas zonas onde o trilho é mais pedregoso;
- Proteja-se dos ventos fortes e gélidos, típicos de uma zona de planalto, bem como da elevada radiação solar.
1) Covão Cimeiro
A imponência deste circo glaciário à sombra do Cântaro Gordo transmite uma tranquilidade sem igual. Cavado pela imensa massa de gelo, possui no seu fundo um covão glaciário. Uma área mal drenada, que se originou por sedimentação e onde se encontram comunidades florísticas de inegável valor natural.
2) Panorâmica sobre o Vale Glaciar da Candieira
Este vale é um dos últimos refúgios da pastorícia tradicional da Serra da Estrela. Com poucos acessos e encrostado no maciço central, ostenta o claro e típico perfil retilíneo dos vales glaciares.
3) Chancas
Descanse e goze o sossego implícito pelas águas serenas destas lagoas de origem glaciar, e cuja génese se deve à existência de fraturas sub-horizontais nas rochas, provocadas pelo movimento da massa de gelo do glaciar que criou depressões, onde as águas que provêm da precipitação e do degelo da Primavera se acumulam. Espécies de anfíbios como a Rã-Verde (Rana Perezi) e a Rã-Ibérica (Rana Ibérica) formam aqui comunidades interessantes.
4) Turfeiras e Cervunais
Uma antiga lagoa de origem glaciar que foi colmatada por comunidades de turfeiras do tipo Sphagnum (Esfagnos) e cervunais de Cervum (Nardus strita). Este habitat, maioritariamente húmido e de natureza orgânica, permite o desenvolvimento de algumas espécies de plantas, que vão desde os tipos de Narcisuse crocus, Campanula herminii, Potentilla erecta, até às mais raras e especializadas como a Orvalhinha (Drosera rotundifolia), uma espécie insectívora.
5) Fraga do Poio dos Cães
Contemple este excelente miradouro natural carregado de simbolismo. Era aqui que os pastores punham termo à vida dos fiéis companheiros de quatro patas, que devido à velhice ou doença, já não protegiam os rebanhos dos famintos lobos. A lagoa do peixão é uma testemunha “viva” dessas ações.
6) Planalto Superior Glaciário
Olhando em redor, é possível ver uma ampla panorâmica sobre o panalto superior glaciário (fjeld). Um planalto liso e nu, marcado por fortes ventos, sendo seco no Verão e gélido no Inverno e com ausência de árvores. Destaca-se o Zimbro-rasteiro (Juniperus communis alpina) com as suas bagas azuladas, algumas urzes do tipo Erica e os prados psicro-xerofiticos. Esta área é o habitat predileto da Lagartixa-de-montanha (Iberolacerta monticola), um dos mais importantes endemismos da serra.
7) Panorâmica sobre o Vale Glaciar de Alvoco
Aproveite este maravilhoso vale glaciar, bem com a aldeia de Alvoco-da-Serra. Observe algumas aves de rapina na sua lide diária e que fazem deste bonito vale a sua casa.
8) Panorâmica sobre o Vale Glaciar da Estrela
Embora seja o vale glaciar mais pequeno e exposto da Serra da Estrela, ele é dos mais íngremes, oferecendo vistas ímpares sobre a parte sul e sudoeste da Estrela.
9) Panorâmica sobre o Vale Glaciar de Alforfa
O facto de estar exposto a sul, torna este vale propício para a proliferação de matos de Piornal (Cytisus oromediterraneus) e de espécies espinhosas de Caldoneiral do tipo Echinospartum ibericum, abundantes na zona de cumeada entre a Torre e o Terroeiro.
O município não se responsabiliza pelo estado de conservação dos percursos.
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Percurso Pedestre Salgadeiras.pdfEste pequeno percurso decorre sobre o planalto adjacente às Penhas da Saúde e constitui uma ótima maneira de nos introduzirmos à realidade da Serra da Estrela. O passeio percorre um universo de duas grandes forças modeladoras da paisagem contemporânea da Serra, por um lado os fenómenos naturais (glaciarão, fenómenos periglaciários e restantes elementos, bem como a fauna e flora), como também o fenómeno humano (desde logo a pastorícia, mas também a vida rural e industrial dos vales, ou até as modernas dinâmicas de saúde, lazer e turismo nas Penhas).
Como tal, propomos uma viagem no espaço e no tempo, onde através de uma atenta contemplação, poderá não só descobrir a Serra da Estrela como também a si mesmo. Desfrute do passeio!
Saindo das Penhas da Saúde subimos, em direção ao Lago Viriato, o qual contornamos pela sua margem esquerda, abandonando-a após percorrer cerca de um terço da mesma, seguindo em direção ao Alto da Perrice. Deste ponto até quase ao final, a orientação pelo planalto é fácil, ja que basta ladear as verticais escarpas que bordejam o Vale da Alforfa e o Vale das Cortes. Após atingir a Malhada do Prior alcançaremos um “estradão” que apenas deixaremos um pouco antes de cruzar a ribeira do Vale da areia, para seguir em direção ao ponto de partida.
1 - Cascalvo
Miradouro que oferece aos mais curiosos uma interessante paisagem sobre o importante complexo glaciar constituído pelo Vale de Manteigas, Nave de Santo António, Covão do Ferro e Vale da Alforfa.
2 - Alto da Pedrice
Este alto além de permitir um panorâmica interessante do Vale da Alforfa, Covão do Boi e Torre, permite um particular vislumbre da “cascalheira do alto da pedrice” (fenómeno periglaciar) que constitui um exemplo relevante em Portugal, quer pela sua extensão que por ser em granito.
3 - Cascalheira do Alto da Pedrice
Panorama crioclastia (ou gelificação), fenómeno periglaciar que pode ser grosseiramente descrito, como sendo o resultado dos ciclos de congelamento e descongelamento da água nas fissuras das rochas, resultando na formação de blocos angulosos.
4 - Varanda dos Pastores
Espetacular miradouro sobre a encosta sul da Serra da Estrela, neste local podemos apreciar as alterações das dinâmicas humanas à medida que a altitude baixa e os vales se abrem.
O município não se responsabiliza pelo estado de conservação dos percursos.
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PERCURSO PEDESTRE SENDA DOS PASTORES.pdfAo longo de 370 Km, a GRZ- Grande Rota do Zêzere, acompanha o Rio Zêzere desde a nascente, na Serra da Estrela, até à foz, em Constância, onde encontra o Rio Tejo. Projetado para ser multidisciplinar, o percurso pode ser feito a pé, de bicicleta ou de canoa, de forma contínua e encadeada, por troços ou mesmo em circuitos multimodais.
O Rio Zêzere nasce na Serra da Estrela, a cerca de 1900m de altitude, junto ao Cântaro Magro, onde se define o início do maior vale glaciar da Europa (13 km).
Depois de descer a Serra da Estrela em agitado percurso, o Zêzere, já mais sereno, passa por Belmonte e Covilhã. A desaguar no Tejo, em Constância, depois de um percurso de cerca de 248 Km, o rio é alimentado, de ambas as margens pelo mar de montanhas que enquadra as Aldeias do Xisto. Depois do Mondego, é o segundo maior rio exclusivamente português.
Para a realização da GRZ aconselhamos que leve consigo o mapa impresso dos percursos e/ou GPS com o track para utilização de gps.
Prepare-se para descobrir um dos rios mais surpreendentes do nosso país e deslumbre-se com as paisagens.
Parta à aventura!
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Folheto GRZ.pdfPrograma turístico - Apanha da Cereja
Com a chegada da Primavera, começam os cerejais a pintar as nossas serras de um branco imaculado.
Neste programa visita uma fantástica quinta em plena Cova da Beira, Covilhã, onde irá aprender e também pode experimentar a apanha da cereja.
Este programa conta também no período da tarde com uma visita pedonal guiada ao núcleo histórico da cidade fábrica da Covilhã e aos murais do WOOLFEST Covilhã.
Para este Vale Glaciário propõem-se duas possibilidades que deixamos a cargo do visitante: percorrê-lo na totalidade e aproveitar toda a magnitude do trajeto ou simplesmente fazer o percurso de automóvel, sendo este o mais cómodo e viável para as pessoas com pouca disponibilidade de tempo.
Percurso Pedestre: Duração: 4h50min Distância: 13km
Siga o trilho a Leste da torre descendo as vertentes abruptas do Covão do Ferro e passando à direita da Barragem do Padre Alfredo cujas águas abastecem Unhais da Serra. Após a barragem continue pelo caminho que desce a encosta da nascente do Terroeiro por entre piornais, urzes e amontoados de pedras que rolaram da vertente e por entre as quais se ouve o correr das águas. Continue pelo caminho ao longo da encosta percorrendo o Covão da Mulher, entre ravinas e depósitos na vertente chegando ao canal. Siga até à antiga vila de Belo Horizonte observando as suas características que são quase idênticas às de há milhares de anos. Neste local o vale atingiu uma espessura de gelo superior a 200 metros. Continue agora o percurso avistando as rochas transportadas por entre a vegetação na junção da Ribeira das Cortes entre o Vale Glaciário da Estrela e o Vale Glaciário de Alforfa, na vertente oposta àquela onde nos encontramos. Siga até à Cabeçada e vire à direita entrando no caminho florestal que desce a encosta até ao Cruzeiro. Continue pela estrada até Unhais da Serra onde o percurso termina.
Percurso de Automóvel: (aconselhável o uso de um veículo todo-o-terreno) Duração: 50min Distância: 14km
Saia da Torre em direção à Covilhã. Passe pelo Cântaro Magro e, logo à frente pela Nossa Senhora da Estrela. Siga entre curvas e contracurvas até se deparar com o Poio Judeu à esquerda. Contorne a Nave de Santo António e entre na estrada à direita. Entretanto no Covão da Mulher, siga a estrada avistando as rochas transportadas da vertente oposta àquela onde nos encontramos. Continue pela estrada. Passe a antiga vila de Belo Horizonte e a Cabeçada até chegar a Unhais da Serra onde o percurso termina.
Para o maior Vale Glaciário da Europa propõe-se duas possibilidades percorrê-lo na totalidade pelo trilho ou simplesmente fazer o percurso de automóvel, sendo este o mais cómodo e viável para as pessoas com pouca disponibilidade de tempo.
Percurso Pedestre: Duração: 5h05min Distância:15km
Saia da Torre pelo trilho a Leste passando junto às ruínas do teleférico e descendo por entre zimbrais e cervunais até ao Covão do Ferro onde se encontra a Barragem de Padre Alfredo. Contorne a Barragem através da encosta íngreme. Passe pelo Covão da Mulher e suba até à Nave de Santo António. Aqui, imagine um glaciar de 80m de altura escoando constantemente sobre os vales periféricos e transportando consigo as rochas provenientes do Planalto da Torre como se de um tapete rolante se tratasse. Numa fase tardia do glaciar estas rochas foram-se instalando por entre o cervunal formando esta paisagem de extrema beleza, de onde se destaca o Poio Judeu, com os seus 150 m3, a guardar o Vale Glaciário. Percorrida a Nave de Santo António desça a estrada até ao Covão da Ametade onde poderá desfrutar de um apoio ao campista fantástico em plena área de reserva Biogenética. Deve ter muito cuidado com este local. Siga o trajeto indicado e deleite-se com a maravilhosa vista que agora se segue. Passe pelo Covão da Albergaria na sinuosidade do vale e comece a observar a grande “espinha dorsal” que parece dividir o vale em dois. Trata-se do Espinhaço do Cão formado pelo glaciar proveniente do Vale da Candieira. Logo à frente, a linha de água presenteia-nos com a bela vista sobre os Covões. Seguindo por entre as pastagens predominantes nas margens do Rio Zêzere, passe pelas Caldas de Manteigas em direção a Manteigas onde o trilho termina, mas o seu passeio não…
Percurso de Automóvel: Duração: 20min Distância: 13km
Saia da Torre em direção à Covilhã. Passe pelo Cântaro Magro com os seus 1.928m de altitude esculpido pela ação do glaciar e, logo à frente, passe pela Nossa Senhora da Estrela esculpida pelo próprio homem. Siga ente curvas e contracurvas até se deparar com um bloco de 150m3 denominado Poio Judeu. Este foi transportado pela língua de gelo proveniente da Nave de Santo António até este local numa fase tardia do glaciar. Contorne a Nave de Santo António passando pelo trilho que desce da Torre e siga em direção a Manteigas. Repare nas centenas de blocos que ali se instalaram provenientes do planalto glaciário e que, posteriormente, escoaram para os vales periféricos. Continue pela estrada e comece a descer o Vale Glaciário do Zêzere. Na primeira curva sinuosa à direita encontra-se o Covão d’Ametade. Siga o percurso passando pelo Covão da Albergaria na sinuosidade do vale e comece a observar a alta “espinha dorsal” que parece dividir o vale em dois com os seus enormes depósitos nas vertentes abruptas. É o Espinhaço do Cão situado abaixo do Vale da Candieira, tornando-se assim fácil entender o caminho que o glaciar percorreu. Descendo mais um pouco, avistará as linhas de água que caem em cascata da zona dos Covões, correspondendo a uma paisagem magnífica e exclusivamente glaciária. Mais à frente, passe pelas Caldas de Manteigas e siga até à vila de Manteigas onde o trajeto tem o seu fim. Ao contrário do seu passeio que está apenas no início…
ROTA DAS 25 LAGOAS
Para todo o tipo de rotas, percursos trilhos outros passeios é aconselhável o uso do mapa turístico do Parque Natural da Serra da Estrela
Trilho do Viriato
Duração:3h Distância:7km
Parta das Penhas da Saúde, aldeia de montanha a 1500m de altitude. Siga pela estrada até ao Lago Viriato cujas águas abastecem a cidade da Covilhã. Continue a subir pela EN339, passando o cruzamento para Manteigas, até encontrar em baixo à sua direita, a Nave de Santo António (1550m). A Nave é uma planície arenosa que em tempos terá sido lagoa glaciária. Extenso cervunal semeado de blocos arredondados e de rochas aborregadas constitui, no Verão, um manto de verdura onde apascenta o gado. Continuando pela estrada até encontrar, à esquerda, a Barragem do Covão do Ferro, também conhecida por Barragem do Padre Alfredo. Junto à Barragem parte o caminho que sobe a encosta até à nascente do Terroeiro, no lado de Unhais, entre piornais, urzes e amontoados de pedras que rolaram da vertente e por entre as quais se ouve o correr das águas. Continue em lacetes até encontrar uma passagem estreita entre as fragas que se destacam. Surge então uma vertente suave com um caminho de traçado apropriado à passagem das vacas, ovelhas e cabras que, durante o Verão, ainda vêm de Unhais pastar para o planalto. À direita, a vista sobre o Covão do Ferro, a Nave de Santo António e as Penhas da Saúde deleita-nos. Mais ou menos 500 metros mais à frente, do lado esquerdo, podemos avistar Unhais da Serra e mais longe as montanhas xistosas da Lousã que maravilham o nosso olhar. Continuando entre zimbrais e cervunais, sem caminho marcado. Siga para Norte até chegar à Torre a 1993m de altitude.
Este é um percurso linear, na sua totalidade comum com a Travessia T14 do PNSE e com a GR do Geoparque Estrela, que une a principal porta de entrada da Estrela, a Covilhã, ao maciço central deste parque natural, junto ao Centro de Limpeza de Neve nos Piornos.
Sendo naturalmente um percurso difícil, face ao seu desnível, este possui uma função de ligação entre os principais serviços turísticos e as diferentes redes de percursos pedestres existentes, formando uma espinha dorsal da rede de percursos pedestres da Covilhã.
Durante o percurso, encontra como pontos de interesse, entre outros, a Pedra do urso, o Alto das Piçarrinhas, a Mata Nacional ou o renovado Miradouros dos Carqueijais.
TIPO DE PERCURSO: linear| EXTENSÃO APROXIMADA: 13 Km | PONTO DE PARTIDA: Covilhã | PONTO DE CHEGADA: Centro de Limpeza de Neve, Piornos
Percurso circular, que percorre caminhos de fácil progressão, tem como objetivo potenciar a exploração do património natural in loco, criando um veículo de exploração da relação ancestral entre a cidade da Covilhã e a Serra da Estrela. Saindo do Parque Alexandre Aibéu poderá explorar os vales da ribeira da Carpinteira e da ribeira da Goldra (apelidada também de ribeira dos Pisões) descobrindo ainda a área da Mata Nacional da cidade.
Neste trajeto a ligação entre a água que aqui corre e a indústria dos lanifícios é bastante visível, permitindo, ao longo da caminhada, descobrir fábricas antigas, edifícios remodelados, chaminés e uma toponímia relacionada com esta atividade.
Os pontos de interesse principais são: a Floresta da Rosa Negra e as Fábricas têxteis do Sineiro.
TIPO DE PERCURSO: circular| EXTENSÃO APROXIMADA: 8,4 Km | PONTO DE PARTIDA E CHEGADA: Covilhã
Este percurso de dificuldade média, irá guiá-lo na descoberta de paisagens e formas únicas que desde tempos imemoriais foram a companhia dos pastores.
Em pleno coração da Serra da Estrela, a cerca de 1500m de altitude, as Penhas da Saúde encontram-se envolvidas por fauna e flora de suster a respiração. O seu encanto não se esgota no manto branco que invade o horizonte nos meses de inverno… com o degelo das neves em meados de abril, surgem novas cores na paisagem, tonalidades únicas imperdíveis para quem quer sentir a natureza.
É aqui, na aldeia turística das Penhas da Saúde que encontramos estes trilhos de blocos graníticos. Tirando partido da riqueza geológica do local, este percurso circular, de dificuldade média, surpreende pelas formas que rodeiam o visitante enquanto percorre os trilhos de pastoreio e explora as suas amplas vistas, em particular o Covão do Teixo, no lugar do Curral do Vento, e sobre a Cova da Beira, a partir do Alto das Capinhas.
Este percurso circular conta a história destes planaltos, onde é possível contemplar a montanha, através do silêncio que só a natureza permite. A Pedra do Urso e a Lapa do Esgalhado são outros dois elementos de referência que pode encontrar durante o trajeto.
TIPO DE PERCURSO: circular | EXTENSÃO APROXIMADA: 8,8 Km | PONTO DE PARTIDA E CHEGADA: Penhas da Saúde
Este percurso decorre sobre o planalto adjacente às Penhas da Saúde e constitui uma ótima maneira de facilmente nos introduzirmos à realidade da Serra da Estrela.
Com dificuldade média, e de forma circular, este trajeto destina-se à compreensão das dinâmicas naturais e sociais dos pastos de altitude, este passeio decorre sobre um universo que nos deixa bem marcadas as duas grandes forças modeladoras da paisagem contemporânea da Serra, por um lado os fenómenos naturais (glaciação, fenómenos peri glaciários, e restantes elementos, bem como a fauna e flora), e o não menos natural fenómeno humano (desde logo a pastorícia, mas também a vida rural e industrial dos vales ou até as modernas dinâmicas de saúde, lazer e turismo das Penhas). Percorrendo o planalto do Alto da Pedrice e explorando as evidências pastoris por aqui presentes, como malhadas, abrigos, entre outras, irá também conhecer algumas das vistas e fenómenos geo-morfologicos, mais impressionantes do concelho da Covilhã.
Durante o percurso encontra como pontos de interesse a Barragem do Viriato, a Ribeira da Água Fria ou ainda a Malhada do Prior.
TIPO DE PERCURSO: circular | EXTENSÃO APROXIMADA: 12 Km | PONTO DE PARTIDA E CHEGADA: Penhas da Saúde
+info: www.visitcovilha.com/pr14-cvl-rota-da-varanda-dos-pastores/
A Rota das Termas é um percurso pedestre circular de pequena rota indicado para quem procura descobrir a Serra da Estrela, proporcionando ao utilizador uma experiência imersiva na natureza selvagem deste local. De dificuldade moderada, este percurso percorre um conjunto vasto de antigas veredas e canadas dispostas ao longo do Vale da Estrela, oferecendo ainda a oportunidade de conhecer o relevante património da vila Unhais. Na paisagem abundam elementos de arquitetura vernácula relacionados com a atividade pastoril tradicional. Tendo como pano de fundo alguns dos pontos mais elevados da serra, a rota abrange um conjunto de locais de interesse de que se salientam a Fonte da Saúde, a ribeira da Estrela, Sítio dos Poisos, as canadas de Unhais e a ribeira de Alforfa.
TIPO DE PERCURSO: circular| EXTENSÃO APROXIMADA: 7,8 Km | PONTO DE PARTIDA E CHEGADA: Unhais da Serra
Descubra os segredos do vale das Cortes!
Pontes, azenhas, lagares, levadas, poços e piscinas naturais, juntam-se a uma ribeira única para lhe proporcionar um percurso surpreendente em cada curva.
Percorrendo veredas e caminhos rurais, este é um percurso acessível mas que pode apresentar algumas dificuldades técnicas em particular com o piso molhado pois grande parte desenvolve-se em caminhos com piso irregular.
É uma experiência que se recomenda lenta, por forma a poder desfrutar de todos os poços e piscinas que irá encontrar, ainda assim e junto à Bouça é possível encurtar significativamente o percurso, adaptando-o ao tempo que tem disponível.
TIPO DE PERCURSO: circular| EXTENSÃO APROXIMADA: 7,5 Km | PONTO DE PARTIDA E CHEGADA: Cortes do Meio
Situado na projeção oposta do Vale Glaciário de Manteigas, este foi originado por um glaciar que atingiu os 5,5 km de comprimento e se dissolveu a uma altitude de 800 m.
A sua maior exposição solar em relação ao vale oposto justifica esta diferença de altitude no termino do glaciar (120 m). No entanto, este é o vale onde melhor se podem observar os terraços de acumulação proglaciária, acumulações desordenadas de rochas e blocos de grandes dimensões localizados à frente das antigas línguas glaciárias.
Os depósitos mais importantes situam-se a jusante da confluência do Vale da Estrela e do Vale de Alforfa, na junção da Ribeira das Cortes.
Para este Vale Glaciário propõem-se duas possibilidades que deixamos a cargo do visitante: percorrê-lo na totalidade e aproveitar toda a magnitude do trajeto ou simplesmente fazer o percurso de automóvel, sendo este o mais cómodo e viável para as pessoas com pouca disponibilidade de tempo.
Percurso Pedestre: Duração: 4: 50h Distância: 13 km. Desde o Covão, siga o trilho (assinalado no mapa) a Leste da torre descendo as vertentes abruptas do Covão do Ferro e passando à direita da Barragem do Padre Alfredo cujas águas abastecem Unhais da Serra.
Após a barragem continue pelo caminho que desce a encosta da nascente do Terroeiro por entre piornais, urzes e amontoados de pedras que rolaram da vertente e por entre as quais se ouve o correr das águas.
Continue pelo caminho ao longo da encosta percorrendo o Covão da Mulher, entre ravinas e depósitos na vertente chegando ao canal.
Siga até à antiga vila de Belo Horizonte observando as suas características que são quase idênticas às de há milhares de anos. Neste local o vale atingiu uma espessura de gelo superior a 200 metros.
Continue agora o percurso avistando as rochas transportadas por entre a vegetação na junção da Ribeira das Cortes entre o Vale Glaciário da Estrela e o Vale Glaciário de Alforfa, na vertente oposta àquela onde nos encontramos.
Siga até a Cabeçada e vire à direita entrando no caminho florestal que desce a encosta que desce até ao Cruzeiro. Continue pela estrada até Unhais da Serra onde o percurso termina.
Percurso de Automóvel: Duração: 50 m Distância: 14 km. (aconselhável o uso de um veiculo todo-o-terreno) Saia da Torre em direção à Covilhã. Passe pelo Cântaro Magro e, logo à frente pela Nossa Senhora da Estrela. Siga entre curvas e contracurvas até se deparar com o Poio Judeu à esquerda. Contorne a Nave de Santo António e entre na estrada à direita. Entretanto no Covão da Mulher, siga a estrada (um pouco desgastada) avistando as rochas transportadas da vertente oposta àquela onde nos encontramos. Continue pela estrada. Passe a antiga vila de Belo Horizonte e a Cabeçada até chegar a Unhais da Serra onde o percurso termina.
O percurso interpretativo dos miradouros percorre as paisagens altas da Estrela, contemplando paisagens de
suster a respiração e de horizontes largos. A partir da Covilhã, subimos a montanha e vamos ao encontro de
alguns dos mais emblemáticos miradouros desta serra, permitindo um contacto com a história e natureza deste
território.
TIPO DE PERCURSO: linear| EXTENSÃO APROXIMADA: 53 Km | PONTO DE PARTIDA: Miradouro da Varanda dos
Carqueijais (Covilhã) | PONTO DE CHEGADA: Miradouro do Fragão do Corvo (Penhas Douradas)
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Percurso Interpretativo - Miradouros_junho2021.pdf