A Covilhã tem uma nova rota que apresenta o centro histórico da cidade através de uma aplicação móvel, com recurso a inovação e tecnologias como a realidade aumentada e conteúdos que interligam a história, o património e o aspeto lúdico.

Com a denominação “Rota Portas do Sol: À Descoberta do Centro Histórico”, este roteiro permite descobrir a Covilhã de forma interativa e foi apresentado hoje (09 de novembro) numa sessão pública, realizada no âmbito da Covilhã Creative Week, tendo contado com a presença de Carlos Abade, presidente da Turismo de Portugal.
O projeto representa um financiamento global de 200 mil euros, 70% dos quais financiados através do Programa Valorizar – Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior do Turismo de Portugal.

A proposta contempla um percurso de 35 pontos de interesse no centro histórico da Covilhã, compreendidos entre o Largo do Calvário e a Praça do Município.
O principal objetivo passa pela valorização e divulgação do património material e imaterial da cidade, esperando-se um impacto significativo no que diz respeito ao aumento da procura e da duração das estadias na Covilhã, durante todo o ano. 

A rota estará disponível a qualquer cidadão através da instalação de uma aplicação de utilização livre e instalação gratuita no telemóvel. Será através deste dispositivo que toda a interação com o utilizador é realizada ao longo do percurso proposto. 

O percurso sugerido tem início na Praça do Município, junto ao Posto de Turismo, onde o utilizador vai encontrar um painel digital – acessível a qualquer hora – que fornecerá orientações acerca dos conteúdos acessíveis através da aplicação e da sua correta utilização. 

A ordem dos pontos, apesar de aconselhada, não é obrigatória e permite que cada visitante selecione e personalize o seu percurso de acordo com o tempo disponível.
Os conteúdos culturais, disponibilizados em Português, Inglês e Espanhol, recorrem a tecnologias multimédia para surpreender o utilizador, oferecendo possibilidades multissensoriais de exploração dos espaços e das ruas, incluindo visitas virtuais 360® a três edifícios históricos cujo acesso do público é, normalmente, condicionado: Capela de Santa Cruz ou do Calvário, Igreja de Santa Maria Maior e Casa das Morgadas. 

Destacam-se, ainda, a reconstrução histórica de espaços e de monumentos já desaparecidos, a apresentação de vídeos e documentos, e a interação com personagens importantes da história da cidade e/ou ligadas à indústria de lanifícios, que guiarão os visitantes pelos vários pontos de interesse: são exemplos Pêro da Covilhã, Francisco e Rui Faleiro, Dom Rodrigo de Castro ou Januário da Costa Rato.

Enquanto impulsionador e representativo de uma Cidade Criativa da UNESCO em Design, este projeto revela-se uma surpreendente e convidativa opção de visita autónoma ao centro histórico, que pode ser realizada parcial ou totalmente, a qualquer altura do dia. 

Por recorrer às novas tecnologias e ao universo digital, o seu uso torna-se atrativo e intuitivo para todas as gerações – em particular para as mais jovens – que, através da aplicação, poderão conhecer a história da cidade e aprender acerca de alguns espaços emblemáticos – atuais, modificados ou desaparecidos – narrada por personagens históricas a eles relacionados: são exemplos a Casa da Hera, as Portas do Sol e o edifício dos Paços do Concelho. 

Para tal foram envolvidos, no desenvolvimento e implementação das ações e conteúdos, vários agentes locais e alguns habitantes do concelho – atores profissionais e amadores – que encarnam as referidas personagens. Os utilizadores terão, ainda, a possibilidade de interagir com as mesmas e fotografar-se nos locais graças à tecnologia de realidade aumentada implementada. 

 Uma aposta que liga Identidade, Cultura, Conhecimento, Inovação e Sustentabilidade, no sentido de afirmar cada vez mais a Covilhã como um dos melhores destinos turísticos do país”, tal como frisou a Vereadora da Cultura, Regina Gouveia, sublinhando ainda o facto de este produto também proporcionar experiências. 
Uma ideia partilhada pelo Vereador do Turismo, José Miguel Oliveira, que reiterou a ideia de que este projeto é exemplo de “uma simbiose perfeita” entre o plano cultural e o plano turístico e que cai como luva na aposta que o Município tem vindo a fazer para “catapultar” o centro histórico para outro nível e manter a Covilhã como o segundo destino mais procurado no Interior do País. 

Por seu turno, Carlos Abade destacou a riqueza da Covilhã e frisou que este projeto é exemplo de como fazer “mais e melhor” por estar em causa um projeto que “vai à história de uma cidade, interpretando-a e criando-lhe valor acrescentado”. 
Com o nome Covilhã AR, esta aplicação está disponível na Play Store para android e App Store para iPhone.