O Museu da Covilhã, galardoado como Museu do Ano APOM 2022 e nomeado para os European Museum of The Year Awards - EMYA 2024, recebe no próximo dia 27 de junho, pelas 18:00 horas, o Professor e Investigador Pedro C. Carvalho, numa tertúlia intitulada “O Templo Romano de Orjais”.
A iniciativa, inserida no âmbito das tertúlias “MC2: Movimentos Culturais Coletivos”, desenvolve-se como uma conversa informal que pretende ser um momento de partilha com a comunidade acerca do território da Covilhã há dois mil anos atrás.
De facto, em Orjais, situados na encosta da Serra da Estrela e sobranceiro à várzea do Zêzere, encontram-se vestígios de um povoado fortificado, que poderá estar relacionado com a suposta ocupação proto-histórica do cabeço (o designado “Castro de Orjais”) bem como de um templo romano, localizado abaixo, a cerca de 100 m de distância. Pedro Carvalho, estudioso e investigador das ruínas do Templo Romano de Orjais, indica que esta infraestrutura “…terá sido construído, provavelmente, nos finais do séc. I d.C.”.
O local do templo romano até poderá corresponder a um anterior espaço de culto ao ar livre, situado no exterior do referido povoado, tendo este espaço sagrado sido apropriado em época romana, mantendo funções idênticas. A escolha deste lugar para a construção do templo estará provavelmente associada à sacralidade ancestral do espaço. A ampla visibilidade que se tem a partir deste local também poderá explicar a escolha do sítio em tempos mais recuados, pré-romanos.
PEDRO C. CARVALHO é Professor Associado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde é Diretor do Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes (FLUC).
É investigador principal de dois projetos de investigação atualmente em curso na Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha, um financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e outro pela Fundação La Caixa / BPI / FCT. Coordenou equipas de investigação no quadro de grandes obras públicas, desde o Museu Nacional de Machado de Castro (Coimbra) à barragem (aproveitamento hidroelétrico) de Foz Tua. Dirigiu escavações arqueológicas em vários lugares de época romana, como Idanha-a-Velha, Coimbra, Castro de Avelãs (Bragança), Orjais e Terlamonte (Covilhã). Nos últimos 25 anos tem centrado a sua investigação na Beira Interior. É autor de inúmeras conferências e palestras e de mais de uma centena de artigos científicos e livros.
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Museu da Covilhã / Rua António Augusto de Aguiar / terça a domingo, 10:00-18:00.