A Covilhã recebe entre os dias 11 e 15 de abril a sexta edição Concurso Internacional de Percussão da Beira Interior, que contará com 68 concorrentes de vários países e de diferentes continentes, afirmando-se assim como a maior de sempre.
Organizado numa parceria entre a Associação Cultural da Beira Interior e a Câmara Municipal da Covilhã, com o apoio da ADC, da ICOVI e da marca de instrumentos Majestic, este evento realiza-se desde 2016 e é já uma marca no panorama cultural e artístico nacional e internacional, como comprova a forte adesão de candidatos de vários pontos do mundo.
Para a edição de 2025 estão inscritos 68 instrumentistas, um número “record” e que permite chegar a um total de 290 candidatos a participar no concurso desde a primeira edição, realizada em 2016.
Uma vez mais, os músicos são oriundos de vários pontos do globo, nomeadamente de Portugal, Holanda, Espanha, Suíça, Venezuela, Itália, França e Alemanha, Japão, Hungria, Brasil, Taiwan e Noruega.
A nível nacional, há inscritos desde Lagos, Évora, Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Bragança, Viseu e Castelo Branco.
Dados que são motivo de orgulho e reflexo do reconhecimento que este concurso já conquistou, tal como salientou a Vereadora com o Pelouro da Cultura, Regina Gouveia, durante a apresentação do programa, que decorreu esta quinta-feira, dia 27 de março de 2025.
Entre os pontos que confirmam a notoriedade do evento, Regina Gouveia, apontou ainda o facto de todos os vencedores das edições anteriores na categoria para a faixa etária mais elevada serem atualmente professores de percussão e de, nessa qualidade, também incentivarem os seus alunos a inscreverem-se co concurso da Covilhã.
“É um evento que já tem repercussão em diferentes gerações e isso é algo que nos orgulha e é um sinal de que é um caminho para continuar a trilhar”, referiu.
Uma ideia igualmente defendida pelo maestro Luís Cipriano, Diretor Artístico do Concurso e Presidente da ACBI, que detalhou que a edição de 2025 é a maior de sempre porque, além de ser a que conquistou mais participantes, é também a mais “forte e a mais completa”.
“Para além do concurso, haverá master classes, workshops e festival”, referiu.
Deu ainda outros exemplos concretos do prestígio já alcançado, nomeadamente o de um participante que, mesmo sabendo de antemão que, devido à logística e aos custos do transporte, não conseguiria levar o prémio para o país de origem fez questão de concorrer, tendo vencido. O prémio ficou na Associação.
Refira-se que neste concurso não existem prémios monetários, optando-se pela entrega de instrumentos (com preços de mercado significativo), garantindo assim que se contribui para dar mais condições aos músicos para continuarem a sua formação e aperfeiçoarem a sua técnica.
Além da componente de concurso, este evento também terá workshops e os candidatos que não sejam selecionados para as fases seguintes passam a ficar automaticamente inscritos nesses workshops.
Além disso, em pré-evento, vai realizar-se um workshop para alunos de escolas do primeiro ciclo da Covilhã, sendo que, no âmbito do evento também será criada uma mala pedagógica de instrumentos para oferecer a uma escola do Concelho.
Na componente de festival, haverá concertos que vão decorrer em diferentes espaços da cidade, incluindo em bares.
O Concurso Internacional de Percussão da Beira Interior realiza-se na cidade da Covilhã, tendo tido a sua primeira edição em 2016 e passando a bienal depois de 2017.