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Notícias
COVILHÃ INNOV SUMMIT PARA PROMOVER INOVAÇÃO EMPREENDEDORISMO  
20-02-2025

COVILHÃ INNOV SUMMIT PARA PROMOVER INOVAÇÃO EMPREENDEDORISMO  

A Câmara Municipal da Covilhã e a Universidade da Beira Interior organizam, entre 12 e 14 de março, a primeira edição da Covilhã Innov Summit, um evento focado na dinamização do ecossistema empresarial da região e na promoção de tecnologias, inovação e empreendedorismo.  A iniciativa vai decorrer no Teatro Municipal da Covilhã, em formato de uma grande conferência que engloba a realização de palestras, mesas redondas, debates, competições tecnológicas e ‘workshops’, que destacam as tendências emergentes e soluções criativas para os desafios do futuro.  Ao longo dos três dias, a Covilhã Innov Summit vai reunir líderes empresariais, investigadores, representantes de ‘startups’, empreendedores e investidores para debater temas fundamentais como inteligência artificial, inovação digital, modelos de negócio inovadores, ‘deep tech’ e novas tecnologias. “Será mais espaço de inspiração e de partilha de conhecimento e de experiências, que se coaduna com a estratégia que o Município da Covilhã tem vindo a seguir para a atração de investimento e criação de novos postos de trabalho”, como aponta Hélio Fazendeiro, Chefe do Gabinete do Presidente e responsável do Município na organização do evento. Lembrando que a Covilhã sempre foi terra de inovação e empreendedorismo, destacando-se em várias áreas - que vão desde o têxtil, às novas tecnologias e às soluções inovadoras - Hélio Fazendeiro também destaca a importância da realização desta iniciativa para confirmar e valorizar os grandes projetos que já estão a ser desenvolvidos no Concelho e na região. Realça igualmente a parceria estabelecida com a UBI para a realização da Covilhã Innov Summit: “Tal como temos feito noutras ocasiões, estamos a unir esforços no sentido de criar e potenciar as melhores condições para as nossas empresas e empreendedores, nomeadamente ao nível da transferência de conhecimento entre as empresas e o meio académico”. “Será uma oportunidade única para aprender e partilhar ideias e, sobretudo, para fortalecer a Covilhã como um polo de inovação e atração de investimento”, acrescenta. Destacando a importância da UBI para afirmar a região como motor de desenvolvimento tecnológico e de inovação, Dina Pereira, Diretora Executiva da UBIMedical e responsável da UBI na organização do evento, também salienta a oportunidade da realização desta conferência de inovação, lembrando que será a “primeira edição de muitas, destinada a partilhar a inovação de sucesso que mapeia a região em áreas tão prementes como a saúde, o digital, a inteligência artificial, os dados, a farmacêutica, a biotecnologia e as ‘smart cities’, entre outras". “É o momento de criarmos um fórum para, não só apresentar o que de melhor tem a região em termos inovadores, mas também de criar plataformas de fertilização cruzada com outras empresas de dentro e de fora do território, com facilitadores e aceleradores da inovação”. Um evento que deverá “servir de catalisador para, juntamente com decisores e políticos, alavancar medidas e instrumentos para incentivar o crescimento das ‘startups’ que aqui nascem, para se projetarem a nível global”, aponta. “Vão ser três dias de discussão rica, viva e fértil, entre empreendedores, inovadores, decisores políticos, facilitadores e investidores, todos a remar no mesmo sentido - colocar a inovação da região no Mundo”, conclui. Entre os nomes já confirmados estão Joaquim Miranda Sarmento, Ministro de Estado e das Finanças, Ana Abrunhosa, Deputada e Ex-Ministra da Coesão Territorial, António Brochado Correia, PWC Territory Senior Partner, João Costa Ribeiro, Galp Lead Open Innovation Manager. Tamas Szeker , Co-Founder & Director da iScale Group e General Partner na iScale Ventures, André Albergaria, Co-Founder & Principal na Biovance Capital, Ana Palmeira – General Manager da Labfit HPRD Lda, Paulo Oliveira – CEO da Bang Produções, Luís Filipe Lages, Professor & Director VCW Lab at Nova SBE, Alexandra Rodrigues, Vice-Presidente da CCDR, Marilia Santos – Startup Portugal Head of Growth & Acceleration e Gergő Gulyás – Co-founder of iScale Hub.  
CÂMARA DA COVILHÃ ADERE À STARTUP PORTUGAL 
19-11-2024

CÂMARA DA COVILHÃ ADERE À STARTUP PORTUGAL 

A Câmara da Covilhã acaba de aderir à Startup Portugal, com o objetivo de reforçar a estratégia de promoção do investimento e de criação de um ecossistema favorável ao desenvolvimento de práticas de inovação e empreendedorismo e retenção de talento no Concelho. O memorando de entendimento com esta associação sem fins lucrativos foi assinado quinta-feira, dia 14 de novembro de 2024, numa sessão realizada na edição deste ano da Web Summit Portugal e na qual o Município Covilhã esteve representado pelo Chefe do Gabinete do Presidente, Hélio Fazendeiro. Com este memorando de entendimento, a Autarquia Covilhanense pretende continuar a contribuir para impulsionar o potencial económico do Concelho, através da avaliação e incrementação de um conjunto de políticas públicas propícias à criação de um ecossistema favorável ao desenvolvimento de práticas de inovação e empreendedorismo, à criação de valor, à retenção de talento e à criação de emprego no Concelho.  A Covilhã compromete-se assim a avaliar o reforço das condições de apoio especiais, para além daquelas que já existem, nomeadamente ao nível dos benefícios fiscais, para startup’s e scaleup’s, com sede ou atividade no Município, assim como para os trabalhadores dessas empresas.  No âmbito desta sessão, Hélio Fazendeiro frisou que este “é mais um instrumento que reforça o posicionamento da Covilhã, no panorama nacional e internacional do empreendedorismo, das empresas tecnológicas e da nova economia, reforçando o compromisso do Município de garantir as melhores condições para que estas empresas nasçam e floresçam no Concelho”.  “A Covilhã continua assim a reforçar a sua relevância como principal motor de desenvolvimento e inovação em toda a região”, destacou.  Startup Portugal é uma organização sem fins lucrativos, com Estatuto de Utilidade Pública, cuja missão é o desenvolvimento de atividades de interesse público para a promoção do ecossistema nacional de empreendedorismo.  
CENTRO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL DA COVILHÃ INTEGRA REDE NACIONAL DE INCUBADORAS
16-01-2024

CENTRO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL DA COVILHÃ INTEGRA REDE NACIONAL DE INCUBADORAS

O Centro de Inovação Empresarial da Covilhã (CIEC) passou a integrar a Rede Nacional de Incubadoras – Portugal Incubators, o que contribuirá para fortalecer a ação, que esta estrutura, criada pela Câmara da Covilhã, tem vindo a seguir para promover o empreendedorismo e a incubação de empresas. A candidatura do CIEC foi aprovada este mês e permite que o cen-tro covilhanense seja membro de uma comunidade que desenvol-ve iniciativas de capacitação com o foco nas ‘startups’ incubadas.  Participar em eventos e iniciativas desenvolvidas exclusivamente para incubadoras do ecossistema português, aceder a informação privilegiada sobre o estado da incubação em Portugal, bem como desenvolver colaboração com outras incubadoras e realizar candi-daturas a programas específicos são algumas das vantagens de integrar esta rede. A RNI – Portugal Incubators trabalha lado a lado com a Ecosystem Boosters Network para estimular e dinamizar o ecossistema nacio-nal de empreendedorismo. Instalado em pleno centro histórico da Covilhã – no edifício da an-tiga PSP que foi requalificado - o CIEC abriu portas em 2021 e é constituído por escritórios empresariais, espaços de ‘coworking’ e oficinais, onde é possível criar e explorar ideias e desenvolver ati-vidades profissionais. Os utilizadores têm acesso a wi-fi rápido, sala de reuniões, auditó-rio, impressora, tecnologia de acessos, bar colaborativo e um terra-ço com uma vista única da cidade, para sessões de fins de tarde pós-trabalho e realização de atividades de ‘network’.  Atualmente conta com cinco empresas incubadas e acolhe 35 uti-lizadores do espaço de ‘coworking”, muitos dos quais oriundos de outros países e a desenvolver atividades ligadas às novas tecnolo-gias de informação.   
DA COVILHÃ PARA O MUNDO DO LUXO
09-01-2024

DA COVILHÃ PARA O MUNDO DO LUXO

Nome desconhecido do grande público, a Mepisurfaces faz produtos metálicos de altíssima precisão que marcam presença em áreas tão exigentes como a moda, a relojoaria ou a ourivesaria. Da pequena empresa familiar que começou numa garagem já resta pouco. A Mepisurfaces faz agora parte de um grande grupo internacional, mas mantém o rigor e a capacidade de inovação que a tornaram um caso de sucesso internacional. Começou a funcionar numa garagem, mas não é nenhuma empresa de informática e também não tem sede em Silicon Valley, mas na Covilhã. O que era uma pequena empresa familiar, que abriu portas em 2004 com quatro ou cinco pessoas, é hoje uma das maiores empregadoras do concelho e uma empresa exportadora a viver um crescimento exponencial. O momento de viragem deu-se em 2013, com a aquisição por um grande grupo internacional de artigos de luxo e a consequente criação da Mepisurfaces. O que até aí era uma empresa de polimento de metais, com cerca de 50 trabalhadores, expandiu a sua atividade para assumir todas as fases de produção, de “fio a pavio”: Maquinação, polimento, galvanização e montagem final do produto.  O rápido crescimento das encomendas, levou a empresa a inaugurar, no início de 2023, uma nova fábrica, no Parque Industrial do Tortosendo, com capacidade para acolher os mais de 400 trabalhadores atuais. A empresa continua num processo “ativo de contratação” e o novo edifício já foi desenhado a pensar na expansão da força de trabalho.  Construída de raiz, a nova fábrica representa um investimento de cerca de 7,5 milhões de euros e permite dimensionar os processos de forma mais eficiente, duplicando a área dedicada à produção. As novas instalações, para além de permitirem o funcionamento contínuo durante sete dias por semana e 24 horas por dia, reforçam o compromisso ambiental e social da empresa. A produção passou a ser alimentada através de painéis solares e investiu-se numa moderna estação de tratamento de resíduos industriais, garantindo que se respeitam os afluentes. “A automatização não é uma substituição direta de operadores, mas uma especialização. Talvez precise de menos operadores, mas preciso de mais engenheiros”. Tivemos o privilégio de desenhar uma fábrica do zero. Todas as zonas de produção e comunicação entre zonas foram desenhadas já a pensar numa indústria 4.0, que é o nosso objetivo, permitindo a passagem e partilha de informação”, garante Rogério Cruz, o diretor-geral da empresa.  Operando num mercado em que há exigência máxima dos clientes no controlo de qualidade do produto e prazos de entrega curtíssimos, a empresa tem entre os segredos do sucesso a capacidade de adaptação às mudanças do mercado e a resposta ao elevado padrão de exigências dos clientes. Segundo Rogério Cruz, a importância do trabalho em equipa e da colaboração com outras unidades do grupo FM Sycrilor Industries é essencial para que a empresa se mantenha atualizada e alinhada com as melhores práticas do setor: “Ao termos fábricas em França e Suíça, com processos similares ao nosso, com quem partilhamos informação semanal ou mesmo diariamente, deixamos de ser uma fábrica isolada e passamos a fazer parte de um grupo”. AUTOMATIZAÇÃO E “MESTRES DO POLIMENTO” Inserida num mercado muito específico - o dos artigos de luxo em áreas como a ourivesaria, relojoaria ou moda - a Mepisurfaces trabalha exclusivamente com metais nobres, como o ouro, paládio e espato, utilizando um processo químico sensível e permanentemente monitorizado, conhecido como galvanoplastia. A precisão deste processo, que consiste no banho de metais preciosos dado às peças, não se mede em milímetros, mas em micrómetros, uma unidade de medida mil vez mais pequena do que um milímetro!  Um impressionante nível de precisão que, pese embora a crescente automação dos processos, ainda assenta nos “verdadeiros mestres” do polimento manual, que trabalham na fábrica a fazer tarefas que exigem “um conhecimento adquirido ao longo dos anos”, destaca Rogério Cruz. A dificuldade é gerir o equilíbrio entre esse conhecimento com uma força de trabalho em rápida expansão, conciliando a juventude na empresa com a experiência dos mestres. Até por isso, a empresa não aceita a premissa de que a automação vai diminuir a importância e a necessidade de trabalhadores.  “Cada vez mais investimos em máquinas. Estas permitem-nos uma automatização de processos, cadência e estabilidade do processo produtivo muito superiores. Com operadores existe sempre uma flutuação a que uma máquina é imune. Mas, tendo mais máquinas, e máquinas diferentes, temos necessidade de mais operadores e com valências mais diversificadas”, diz Rogério  Cruz. Para o diretor geral da Mepisurfaces, “a automatização não é uma substituição direta de operadores, não pode ser entendida assim, é uma especialização. Talvez precise de menos operadores, mas preciso de mais engenheiros”.  A crescente atenção ambiental e social dos consumidores, que valorizam produtos que se distinguem nestas áreas, tem levado a empresa a estudar alternativas mais sustentáveis do que os metais de luxo, as quais “poderão vir a aparecer nos próximos tempos”. “Não é fácil”, admite Rogério Cruz, pois têm de manter a elevada durabilidade e atratividade que distinguem os metais preciosos.  AS VANTAGENS DO INTERIOR DO PAÍS  Numa empresa que adapta “em casa” as máquinas necessárias para o seu processo de produção e desenha toda a cadeia industrial de produtos de altíssima precisão, o protocolo de cooperação com a Universidade da Beira Interior é uma peça chave na expansão da empresa. A Mepisurfaces oferece estágios profissionais e apoia estudantes na elaboração das suas teses finais, procurando atrair e reter talento para suprir as necessidades específicas do negócio. “Apesar da elevada oferta, nem sempre conseguimos encontrar todos os engenheiros necessários na  região”, confessa Rogério Cruz, aludindo a necessidades muito específicas que às vezes precisam de colmatar.  No entanto, a qualidade de vida existente na Covilhã tem atraído um crescente número de profissionais e a ideia de ir viver para o interior não assusta, “muito pelo contrário”. A pandemia foi o momento de viragem e de consolidação dessa tendência, adianta o diretor-geral da empresa, existindo desde aí muitas pessoas que se mudaram de armas e bagagens para o interior do país para mudar para um estilo de vida mais recatado e em contacto com a natureza. A trajetória da Mepisurfaces, que deverá fechar 2023 com um volume de negócios de 22 milhões de euros face aos 16 milhões de 2022, é um exemplo inspirador do dinamismo empresarial e qualificação hoje presentes na Covilhã. “A qualidade de vida na Covilhã tem atraído cada vez mais profissionais e a ideia de viver no interior não assusta, “muito antes pelo contrário”.